"Eu me orgulho... Eu me envergonho...
Eu me orgulho de fazer parte de uma categoria que se mostra tão inteligente. Eu me envergonho dessa inteligência não ser capaz de conquistar um ideal comum. Eu me orgulho de ver colegas lutando por seus direitos, sem medo de represálias. Eu me envergonho de ver colegas em cargos de indicação, tentando manipular e amedrontar outros colegas Professores. Eu me orgulho de ver que, apesar das ameaças, dos salários bloqueados,
dos direitos aviltados, meus colegas ainda mostram a cara, levantam a
voz e gritam em caps lock suas vontades, suas necessidades e esperanças. Eu me envergonho de ver colegas sucumbindo a alguns centavos, como se
isso fosse salvar a lavoura, mesmo sabendo dos inúmeros precedentes que
isso pode criar para termos muito mais direitos retirados. Eu me orgulho dos que lutam. Eu me orgulho dos que não se calam.
Eu me orgulho dos que dão a cara à tapa. Eu me orgulho dos que sofrem, mas não desistem. Eu me orgulho dos que dão o melhor de si, mesmo sabendo que não receberão reconhecimento algum. Eu me orgulho dos que trabalham (como eu) por dinheiro, mas com amor! Eu me orgulham dos que ainda abraçam a profissão, dos que não desistem nem se desesperam e nem se fazem de coitados. Eu me orgulho de ser Professora! Enfim, eu me orgulho mais do que me envergonho..."
(Paula Claudino, Professora)
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