sábado, 16 de março de 2013

HUGO CHÁVEZ, O DEMOCRATA

  "Em 1992, o sociólogo ianque Francis Fukuyama lançou o livro 'O Fim da História e o Último Homem', afirmando que o capitalismo e a democracia liberal representavam o ápice da humanidade, não havendo alternativa para o neoliberalismo. Mudanças sociais seriam gradativas, sem afetar as regalias seculares das elites capitalistas e sem sobressaltos, isto é, sem revoluções socialistas.
 
  Neste contexto surge  o coronel paraquedista do exército venezuelano Hugo Chávez, homem controverso, de personalidade forte e de objetivos firmes e socialistas. Na juventude participou de grupos marxistas clandestinos, admiradores da Revolução Cubana, conspirando contra a política oligárquica venezuelana, ladra das riquezas naturais pátrias. Chávez insurge-se, acompanhado de amigos militares, contra o governo de Carlos Andrés Perez, levante conhecido como Caracazo. Derrotado, é preso por três anos. Livre entra no jogo político fundando o Partido Socialista Bolivariano. Em 1998, prometendo mudanças radicais, concorre a Presidência da República e vence com maioria esmagadora de votos. De início o Congresso veda suas pretensões. Astutamente convoca uma Assembleia Constituinte e na campanha clama ao povo, para juntos realizarem uma revolução socialista democrática. No voto. Vence com uma maioria estupenda e inicia a execução de suas promessas. No novo marco constitucional há instrumentos democráticos inéditos como mecanismos plebiscitários, de caráter impositivo, podendo serem convocados tanto pelo Executivo e Parlamento, quanto pelos cidadãos, adotando, também, referendos revogatórios de todos os mandatos, inclusive o presidencial, desde que estivesse cumprido a metade e ao menos 20% dos eleitores subescrevessem a convocação. O próprio Chávez enfrentou estes referendos, mantendo seus mandatos com maioria espantosa.
 
  Chávez erradicou o analfabetismo, diminuiu a pobreza, estatizou os serviços essenciais ao povo e bancos, lutou pela integração latinoamericana. Junto com o povo. No voto e sem abolir nenhum partido de oposição ou fechar qualquer órgão midiático conservador, que lhe esculhamba, diariamente.
 
  A imprensa venal e conservadora brasileira chama Chávez de ditador e caudilho. Não há uma decisão de Chávez que fuja dos preceitos constitucionais venezuelanos. Chávez inseriu o povo venezuelano no centro das decisões.
 
  Raymundo Faoro disse que as elites querem a democracia só para si. A elite entende que é ditatorial o povo decidir seu destino. Chávez foi um grande democrata socialista e revolucionário, que lutou para emancipar seu povo, desmentindo Fukayama. É por isso que a canalha elitista e seus asseclas o odeiam!"
 
  Engo. Eliton Meneses
 

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