"Em 1992, o sociólogo ianque
Francis Fukuyama lançou o livro 'O Fim da História e o Último Homem', afirmando
que o capitalismo e a democracia liberal representavam o ápice da humanidade, não
havendo alternativa para o neoliberalismo. Mudanças sociais seriam gradativas, sem
afetar as regalias seculares das elites capitalistas e sem sobressaltos, isto
é, sem revoluções socialistas.
Neste contexto surge o
coronel paraquedista do exército venezuelano Hugo Chávez, homem controverso, de
personalidade forte e de objetivos firmes e socialistas. Na juventude
participou de grupos marxistas clandestinos, admiradores da Revolução
Cubana, conspirando contra a política oligárquica venezuelana, ladra das riquezas
naturais pátrias. Chávez insurge-se, acompanhado de amigos militares, contra o
governo de Carlos Andrés Perez, levante conhecido como Caracazo. Derrotado, é preso
por três anos. Livre entra no jogo político fundando o Partido Socialista
Bolivariano. Em 1998, prometendo mudanças radicais, concorre a Presidência da República e vence com maioria esmagadora de votos. De início o Congresso veda suas
pretensões. Astutamente convoca uma Assembleia Constituinte e na campanha clama
ao povo, para juntos realizarem uma revolução socialista democrática. No
voto. Vence com uma maioria estupenda e inicia a execução de suas promessas. No
novo marco constitucional há instrumentos democráticos inéditos como mecanismos
plebiscitários, de caráter impositivo, podendo serem convocados tanto pelo
Executivo e Parlamento, quanto pelos cidadãos, adotando, também, referendos
revogatórios de todos os mandatos, inclusive o presidencial, desde que estivesse
cumprido a metade e ao menos 20% dos eleitores subescrevessem a
convocação. O próprio Chávez enfrentou estes referendos, mantendo seus mandatos
com maioria espantosa.
Chávez erradicou o
analfabetismo, diminuiu a pobreza, estatizou os serviços essenciais ao povo e
bancos, lutou pela integração latinoamericana. Junto com o povo. No voto e sem
abolir nenhum partido de oposição ou fechar qualquer órgão midiático conservador,
que lhe esculhamba, diariamente.
A imprensa venal e
conservadora brasileira chama Chávez de ditador e caudilho. Não há uma
decisão de Chávez que fuja dos preceitos constitucionais venezuelanos. Chávez
inseriu o povo venezuelano no centro das decisões.
Raymundo Faoro disse que as
elites querem a democracia só para si. A elite entende que é ditatorial o povo decidir seu
destino. Chávez foi um grande democrata socialista e revolucionário, que lutou
para emancipar seu povo, desmentindo Fukayama. É por isso que a canalha elitista e seus
asseclas o odeiam!"
Engo. Eliton
Meneses
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