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2 de mar. de 2013
VIDA POPULAR EM COREAÚ
Quando cheguei em Coreaú, vindo do Araquém como matuto e um matulão de sonhos, encontrei a cidade do Seu Válter e sua canoa, num vai-e-vem sem fim. Do Edgar Caçula e suas presepadas. Da padaria do Seu Quico e de seus padeiros, cheios de histórias e maldades. Velha, um deles, falava de coisas de arrepiar. Da Guilhermina Preto, a Nega Velha e seu pacto com as piabas. Do Afonso Quinto, o Ferrolho, e seus porres homéricos. Do Vandier brincalhão e, às vezes, malvado. Dos rachas de uns meninos bons de bola, dentre eles o Tizil, o orgulho da mãe, por ser estudioso (tinha uma bela caligrafia). Do rio Coreaú e suas cheias tão esperadas. Dos fins de semana na discoteca, onde a gente tinha que tomar umas bicadas, para enfrentar a primeira dança e o primeiro pino. Do Centro Comunitário, onde tinha boas festas e a hora do pobre era mais generosa. Do Domingos Buião, destemido e "macho que só preá" (na hora das brigas). Do Banco dos Velhos, onde o líder da oposição (ou da situação) era bem tratado ou tachado de "cachorro latidor",...
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