"Recentemente recebi um e-mail, onde o ex-presidente enaltecia o programa
Bolsa Família. No vídeo, ele criticava os seus opositores a respeito do
benefício destinado à população. Chegou a chamá-los de ignorantes. Na sua visão
este benefício não torna a população preguiçosa. Já em outro momento do vídeo
ele (Lula) faz críticas duras a esse tipo de benefício. Pois esta 'ajuda'
estaria sendo usada como 'moeda de troca' eleitoral.
Vejam, amigos
blogueiros. Temos dois Lulas. Um antes da faixa presidencial e outro palaciano.
Quando sindicalista, pregava ideias revolucionárias e o bom uso do erário
público. Já sentado na mesa palaciana as coisas mudaram. Primeiro ato: aquilo
que era assistencialismo passou a ser o principal programa do seu governo - o
Bolsa Família. A utilização do erário público como moeda de troca para a
governabilidade do seu reinado... Que nos outros governos também havia desvios
é fato! Mas nestes dez anos o que vemos é que esta prática foi
institucionalizada.
Já o Programa Bolsa
Família ter sido o responsável pela mudança de classe na sociedade
brasileira, tenho minhas dúvidas. E me embaso nisto por achar que o dinheiro
recebido por cada família é muito pouco para proporcionar tal mudança. A
importância que vejo são as condicionalidades que cada família tem que cumprir
para manter-se no programa. Tais como: manter as crianças na escola, ter o
cartão de vacinação em dia e fazer o acompanhamento de pré-natal. Vejo estas condicionalidades
como uma obrigação familiar. Pergunto. Se houvesse uma campanha de
conscientização séria acerca dos direitos e deveres das pessoas com sua família
e sociedade não seria mais pedagógico e bastaria?
Semana passada houve um boato
tratando do fim do Programa Bolsa Família. Foi um 'Deus nos acuda'! Começando
pela classe política. O Planalto tratou logo de desmentir e acusar a oposição.
Este programa vai se perpetuar.
Voltando ao início da nossa
participação, vejo que o ex-presidente, 'enquanto sindicalista' tinha razão
quando falava que este benefício é uma moeda de troca eleitoral. E hoje ele é o
principal cabo eleitoral do partido palaciano. O que era ontem, não é
hoje. Os fins justificam os meios?!"
(Carlos Teles)
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