"Nas décadas de cinquenta e sessenta existia um programa federal que
disponibilizava leite em pó para a população menos favorecida. A atribuição da
organização e coordenação do referido programa era das prefeituras municipais.
Este benefício, muitas vezes, não chegava à casa das pessoas realmente
necessitadas. A maioria favorecida era, na verdade, os que 'pastavam dentro do curral das oligarquias existentes'. Nos tempos
atuais existe o Programa Bolsa Família, que também é executado pelas prefeituras. E elas se utilizam da mesma forma de favorecimento do leite em pó. A prática eleitoreira é a mesma. Tanto em nível municipal, como federal.
Lendo a matéria do 'Blog RM em Foco', algo me chamou a atenção, na
seguinte frase: 'O desenvolvimento social brasileiro teria sido reprovado'. Ou
seja, a população extremamente pobre diminuiu; mas não houve aumento de
desenvolvimento social. Diante disso, me pergunto: se a população extremamente
pobre diminuiu, por causa do Bolsa Família, por que ainda necessita de tais
benefícios?
O desenvolvimento social de uma população está ligado diretamente a
outras políticas. Tais como um
investimento maior na educação, na saúde básica da população, na infraestrutura
de saneamento básico, dentre outros.
Não sou contra o Programa Bolsa Família. Acho, sim, que ele deveria ter inicio, meio e fim. As famílias beneficiadas teriam aporte somente por um
período, tendo um fim à sua dependência. Deveria haver um colegiado que 'atestasse' que tais famílias são extremamente pobres. E estas famílias teriam que
ser incluídas em programas que realmente as levassem a um crescimento social e
sustentável.
Voltando ao início. Podemos dizer que estes programas de políticas
compensatórias são 'as tetas lactantes',
utilizadas pelas políticas oligarcas de outrora até os coronelismos
contemporâneos de hoje. Por ultimo
gostaria de deixar uma pergunta aos nobres leitores: Se é que o Bolsa Família
contribui para que milhões de brasileiros saiam da extrema miséria por que
ainda dependem dele?"
(Carlos Teles)
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