"Sobre
Patativa do Assaré já escrevi vários textos demonstrando à saciedade
que ele não pode ser chamado de 'poeta de cordel'. Era talentoso, sim.
Mas não era analfa. Isto foi invenção daqueles que queria lucrar com a
poesia do velho. (...) A esquerda o levou para o palanque de Tasso
Jereissati e fez do velho garoto-propaganda. O velho gostou do
paparicado de Jereissati e não largou mais o osso. Também o Tasso não
largou mais dele. Quem faz sonetos petrarquianos (de Francesco Petrarca, poeta e humanista italiano, considerado o inventor do soneto) da melhor cepa como
Patativa, ao fazer poesia matuta está fazendo uma 'paraliteratura
popular', não uma literatura genuína. E o faz porque, sendo um matuto,
domina o código linguístico da sua comunidade. Muitos de nós que
nascemos no sertão também temos condições de fazer o mesmo. MAS, PARA O
BEM DA VERDADE, ASSEGURO QUE O CEGO ADERALDO NÃO CHEGA NEM AOS PÉS DE
PATATIVA DO ASSARÉ."
(Barros Alves)
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