"Poucas coisas são tão difíceis na política brasileira quanto conseguir entendimento entre os governadores. Raras agendas são capazes de conciliar os diferentes estados, separados por contradições regionais, sociais, culturais, econômicas e políticas. A federação brasileira não se efetivou como espaço de articulação desses contrastes. A partilha dos royalties do petróleo e a concessão de incentivos fiscais para atrair investimentos são bons exemplos dos descompassos existentes. Mas há um punhado de questões capazes do extraordinário feito de alcançar unanimidade entre gestores estaduais de A a Z do abecedário partidário. Os chefes de Poder Executivo dos 26 estados e do Distrito Federal pediram ao Governo Federal mudança de cálculo no reajuste do piso nacional dos professores. Esse ano, a alta foi de 7,97%. Para o ano que vem, contudo, os primeiros cálculos apontam estimativa de 19%. Trata-se de casuísmo desleal. Se a forma de cálculo indicasse reajuste zero, não haveria governante a se insurgir em nome de valor mais razoável. Agem, porém, contra os professores. (...)."
(Érico Firmo, do O Povo)
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