25 de set. de 2013

COREAÚ 143 ANOS

Ó, vale outrora verdejante; 
Do voo rasante do urubu; 
Ó, terra de pássaro errante; 
Do último sopro do boi-zebu. 

Ó, várzea um dia deslumbrante, 
Povoada pelo intrépido arariú, 
Das palmas do negro retirante; 
Da fazenda do riacho Coreahu. 

No horizonte, a silhueta da serra; 
Em setembro, há aroma de caju; 
O algodão se foi, restou na terra: 
A carnaúba e o voar do sanhaçu. 

Torrão de tanta história passada, 
De gente que vaga de norte a sul, 
Que um dia se foi na tua estrada, 
Mas nunca esqueceu teu céu azul. 

Eliton Meneses, no Blogue da APL

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Nem o belo logradouro escapa. Triste fim de uma gestão lastimável!