Ó, vale outrora verdejante;
Do voo rasante do urubu;
Ó, terra de pássaro errante;
Do último sopro do boi-zebu.
Ó, várzea um dia deslumbrante,
Povoada pelo intrépido arariú,
Das palmas do negro retirante;
Da fazenda do riacho Coreahu.
No horizonte, a silhueta da serra;
Em setembro, há aroma de caju;
O algodão se foi, restou na terra:
A carnaúba e o voar do sanhaçu.
Torrão de tanta história passada,
De gente que vaga de norte a sul,
Que um dia se foi na tua estrada,
Mas nunca esqueceu teu céu azul.
Eliton Meneses, no Blogue da APL
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