23 de nov. de 2013

MAIS ARIEVALDO!

A besteira é um veneno
Pior que a estriquinina
Curar doença tão grave

Desafia a medicina
Na cultura popular
Talvez se ache a vacina.

A defesa da cultura
É uma necessidade
Para que o nosso povo
Não perca a identidade
Se afirme como nação
A atinja a prosperidade.

Somente valorizando
A popular tradição
O reisado, a cantoria.
Xote, xaxado e baião.
Pode-se achar um caminho
No rumo da salvação.

O folheto de cordel
O coco de embolada
A nossa xilogravura
Que na madeira é talhada
Também são ingredientes
Dessa vacina sagrada.

O teatro de Ariano
A música de Gonzagão
Xaxado e outras cantigas
Dos cabras de Lampião
Podem curar a besteira
Que assola nossa nação.

O trovador do Rio Grande
Com sua gaita fagueira
Cavalhadas de Goiás
E uma ciranda praieira
São remédios eficazes
Para se curar a besteira.

O frevo, o maracatu.
E o samba de raiz
São reflexos da cultura
De um povo bom e feliz
Basta beber dessa fonte
E zelar essa matriz.

O calango, o tatu-bola.
E a embolada mineira
As estórias encantadas
Dos folhetinhos de feira
São excelentes vacinas
Pra se curar a besteira.

A cultura popular
Não tem contra-indicação
Contém nacionalismo
E doses de tradição
Tem vários ingredientes
Que vitalizam a nação.

Pois esse lixo enlatado
Da cultura ocidental
Que nós somos obrigados
Consumir, por bem ou mal.
Só pode ser combatido
Se usarmos nosso arsenal.

Uma bomba de forró
Do legítimo “pé-de-serra”
Um torpedo de repente
Faz estremecer a terra
Vamos usar a cultura
Para vencer essa guerra.

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