Poema de Rodolfo Teófilo sobre a abolição
"Nesta terra de heróis, e terra só de bravos,
É um crime infamante um homem ter escravos,
Vender seu irmão!
Enquanto o Sul os compra a peso de dinheiro,
Aqui dá liberdade até ao jornaleiro,
Sem impor condição!
A pouco lá nos serros azuis do Acarape
Ecoou mais veloz que d’índios o tacape
Da liberdade o grito!
Vingava a mocidade o crime do passado,
Erguia o cidadão que tinha prosternado
Dava Pátria ao proscrito!
E agora aos dos hinos da vitória
Os sons das notas dos cânticos da glória
A Pacatuba entoa
Aratanha de pé, gigante de granito
Quebrou os ferros do mísero proscrito
E cinge uma coroa
E salve os denodados, salve! Ó, mocidade!
A chaga que rói a pobre humanidade
Tu a viste sarar
É nobre trazer luz ao cego que tateia
Mais nobre é quebrar os elos da cadeia
Cativos libertar!”
"Nesta terra de heróis, e terra só de bravos,
É um crime infamante um homem ter escravos,
Vender seu irmão!
Enquanto o Sul os compra a peso de dinheiro,
Aqui dá liberdade até ao jornaleiro,
Sem impor condição!
A pouco lá nos serros azuis do Acarape
Ecoou mais veloz que d’índios o tacape
Da liberdade o grito!
Vingava a mocidade o crime do passado,
Erguia o cidadão que tinha prosternado
Dava Pátria ao proscrito!
E agora aos dos hinos da vitória
Os sons das notas dos cânticos da glória
A Pacatuba entoa
Aratanha de pé, gigante de granito
Quebrou os ferros do mísero proscrito
E cinge uma coroa
E salve os denodados, salve! Ó, mocidade!
A chaga que rói a pobre humanidade
Tu a viste sarar
É nobre trazer luz ao cego que tateia
Mais nobre é quebrar os elos da cadeia
Cativos libertar!”
(Girão, R. A abolição no Ceará,
p.251-252).
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