"(...) O comércio de trabalhos acadêmicos ganha espaço e se torna mais competitivo e mais explícito.
O advogado, professor e membro do Conselho Nacional de Justiça Jorge Hélio explica que não há uma lei específica que puna as pessoas que vendem esse tipo de serviço. Já os estudantes que compram os trabalhos podem ser processados por falsidade ideológica ou até plágio, caso TCC contenha trechos de outros autores sem seus nomes devidamente citados.
'É um desvio ético do aluno, tem uma traição de relação e confiança entre faculdade e estudante. É um ato condenado pelos costumes. Mas isso é muito comum. A maior parte das monografias é fraudulenta. Ou é comprada, ou copiada ou malfeita a ponto de não passar pela banca'.
Jorge Hélio ainda reforça que o professor sabe quando o trabalho tem deficiências ou que não foi o aluno que fez. As faculdades públicas, geralmente, são mais existentes. O problema maior é nas privadas, pois há professores que deixam o erro passar, além da relação entre cliente e empresa. 'A pessoa chega e diz que está pagando, que paga a faculdade e pronto'.
Os prejuízos causados por essa prática são profissionais com péssima qualidade de formação no mercado trabalho e falta de ética. 'O mercado não seleciona. Alguns ainda conseguem destaque. O que eu conheço de analfabeto funcional que tem mestrado, doutorado,… Os valores éticos não passam de cartilhas escritas. É um universo de hipocrisia. É uma crise civilizatória”, desabafa. (...)."
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