27 de fev. de 2014

OPINIÃO

  Lula leva Blairo Maggi a Cuba. E agora, vão falar em “ruralista vermelho”?

  26 de fevereiro de 2014. Autor: Fernando Brito
maggicuba


  O ex-presidente  Lula  levou hoje o megafazendeiro e  senador Blairo Maggi  para conhecer a fazenda da empresa agrícola militar (militar, vejam)  Cubasoy, em Ciégo de Ávila, para conhecer a produção experimental de soja e feijão em Cuba.

  É feita com sementes e tecnologia da Embrapa, uma estatal brasileira, e máquinas compradas no Brasil.

  Maggi convidou os cubanos a conhecerem toda a a produção soja, milho e algodão de suas fazendas no Mato Grosso, cuja produtividade é o dobro e até o quádruplo da que se obtém em Cuba, hoje.

  Será que estamos fazendo um mau negócio ensinando os cubanos a plantar soja ou feijão com alto rendimento?

  Claro que não, porque Cuba não será nunca um grande exportador de soja e não competirá nisso com o Brasil. Mesmo nossas exportações de grão ou farelo para lá jamais significarão muito, porque Cuba tem pouco mais de 11 milhões de habitantes, muito menos do que o Estado do Rio de Janeiro, que tem 16 milhões.

  Mas Cuba pode se tornar um país comprador de sementes, de máquinas agrícolas, de caminhões para o transporte de grão produzidos no Brasil, mercadorias com alto valor agregado. Será que Blairo Maggi se converteu ao “castrismo”?

  O episódio, entretanto,  serve muito bem para ilustrar a idiotia da “onda” feita  com o financiamento brasileiro ao porto cubano de Mariel.

  Que aliás, foi acertado, em seu governo por Lula, não por Dilma. Lula foi e é um “caixeiro-viajante” dos interesses comerciais brasileiros.

  A direita política brasileira não gosta de “vender Brasil”, gosta só de “vender o Brasil”.

 FONTE: Blogue Tijolaço

PAUTA: Eliton Meneses, engenheiro civil

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