Lula leva Blairo Maggi a Cuba. E agora, vão falar em “ruralista vermelho”?
26 de fevereiro de 2014. Autor: Fernando Brito
O ex-presidente Lula levou hoje o megafazendeiro e senador Blairo Maggi para conhecer a fazenda da empresa agrícola militar (militar, vejam) Cubasoy, em Ciégo de Ávila, para conhecer a produção experimental de soja e feijão em Cuba.
É feita com sementes e tecnologia da Embrapa, uma estatal brasileira, e máquinas compradas no Brasil.
Maggi convidou os cubanos a conhecerem toda a a produção soja, milho e algodão de suas fazendas no Mato Grosso, cuja produtividade é o dobro e até o quádruplo da que se obtém em Cuba, hoje.
Será que estamos fazendo um mau negócio ensinando os cubanos a plantar soja ou feijão com alto rendimento?
Claro que não, porque Cuba não será nunca um grande exportador de soja e não competirá nisso com o Brasil. Mesmo nossas exportações de grão ou farelo para lá jamais significarão muito, porque Cuba tem pouco mais de 11 milhões de habitantes, muito menos do que o Estado do Rio de Janeiro, que tem 16 milhões.
Mas Cuba pode se tornar um país comprador de sementes, de máquinas agrícolas, de caminhões para o transporte de grão produzidos no Brasil, mercadorias com alto valor agregado. Será que Blairo Maggi se converteu ao “castrismo”?
O episódio, entretanto, serve muito bem para ilustrar a idiotia da “onda” feita com o financiamento brasileiro ao porto cubano de Mariel.
Que aliás, foi acertado, em seu governo por Lula, não por Dilma. Lula foi e é um “caixeiro-viajante” dos interesses comerciais brasileiros.
A direita política brasileira não gosta de “vender Brasil”, gosta só de “vender o Brasil”.
FONTE: Blogue Tijolaço
PAUTA: Eliton Meneses, engenheiro civil
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