"Mais uma vez, as
pesquisas de intenção de voto encontram-se na berlinda. No Ceará e no Brasil,
muitos dos 'retratos' batidos pelos institutos na véspera da eleição
contrariaram a realidade advinda das urnas. Em Editorial na segunda-feira passada,
um dia após os resultados da apuração, O POVO já levantou a questão e afirmou
que 'os institutos precisam oferecer uma resposta muito clara a
respeito'. Pois é. A nossa gloriosa imprensa tratou de ouvir a versão dos
institutos. De forma geral, desviaram o braço da seringa. Na média das
declarações, argumentam o seguinte: as pesquisas retratam o passado, mas não
tem nenhuma responsabilidade sobre o futuro. Ou seja, elas captam a intenção de
voto do momento em que auscultam os eleitores e apenas apontam tendências. O
que acontece depois da pesquisa, mesmo que seja apenas um dia depois, não lhes
diz respeito. Trocando em miúdos: os institutos disseram que nunca erram.
(...)."
(Fábio Campos, no O Povo)
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