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Sou poeta, sou artista
Sou professor cordelista
Sou do Senhor um artista
Sou mesmo nato no vero
Sou na poesia imerso
Sou do improviso o repente
Sou na caneta ou no dente
Sou na forma ou no traço
Sou o desembaraço
Sou do versejar valente
Sou a xilogravura
Sou a capa do cordel
Sou mascate, menestrel
Sou cantador sem viola
Sou a rima que decola
Sou folguedo improvisado
Sou martelo agalopado
Sou o desafio quente.Antonio Marcos Bandeira, poeta cearense
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