sábado, 20 de dezembro de 2014

Pro Painel da APL

Um menino pobrezinho
Uma carta enviou
Pro barbudo do momento
Numa figura estou
Mas nada veio pra ele
O Noel nem se tocou.

Entristecido ficou

Claro, a fome lhe doía
Não pedira patinete
Guloseimas pro seu dia
Pedira somente pão
Pois há muito isso não via!

E assim, Zé foi vivendo

Com um fome de rachar
Não tinha nem mesmo broa,
Coisa pouca pra lanchar
E assim veio o Natal
Gordo, rico a lhe matar!

Uma calçada imunda

Lá do Centro lhe assistiu
Ali, um último suspiro
A madrugada ouviu
E foi-se o filho do nada
Pro céu que o seduziu!

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