"(...) Eu sofri tanto na escola... E eu optei
por sofrer? Eu optei por apanhar? Optei por ser apontado na rua? (...). Vocês acham que
optei por chegar nessa Câmara Municipal de Fortaleza e ter que ouvir
piadinhas de alguns vereadores? (...).
Cresci com meu pai dizendo 'Tome jeito de homem!' E eu quero dizer para
vocês: eu sou homem. Superei todos os preconceitos e hoje tenho meu
marido, tenho minha filha, tenho minha família. (...).
Vocês não tem procuração de Deus para me julgar. Hoje eu tenho orgulho de
ser gay. Tenho uma família e sou feliz. Não misturem religião com
política! Aqui não é púlpito de Deus, para despejar o ódio de vocês.
Sou gay, sou honesto e o que mais me doeu a vida inteira foi ouvir: 'Paulo é uma pessoal boa, inteligente, mas é gay'. Esse 'mas é gay' é a
pior coisa. Não queiram jogar essas crianças na fogueira, nós estamos
pedindo só para os professores saberem como lidar.
Amanhã as pessoas em Fortaleza saberão quem são os Bolsonaros, os Felicianos e os Malafaias da Câmara Municipal. (...)".
Paulo Diógenes, vereador de Fortaleza, criador da personagem Raimundinha Jereissati e membro de tradicional família do Estado (filho de ex-deputado estadual) na Câmara Municipal, durante debate sobre o PME.
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