terça-feira, 25 de agosto de 2015

O SER HUMANO COMO ELE É

             A SORDIDEZ HUMANA
  “Ando refletindo sobre nossa capacidade para o mal, a sordidez, a humilhação do outro. A tendência para a morte, não para a vida. Para a destruição, não para a criação. Para a mediocridade confortável, não para a audácia e o fervor que podem ser produtivos. Para a violência demente, não para a conciliação e a humanidade. (…). Que lado nosso é esse, feliz diante da desgraça alheia? Quem é esse que aguarda a gafe alheia para se divertir? Ou se o outro é traído pela pessoa amada ainda aumenta o conto, exagera, e espalha isso aos quatro ventos – talvez correndo para consolar falsamente o atingido? Desgostamos tanto do outro que não lhe admitimos a alegria, algum tipo de sucesso ou reconhecimento? Não todos nem sempre. Mas que em nós espreita esse monstro inimaginável e poderoso, ou simplesmente medíocre e covarde, como é a maioria de nós. (...). Isso vai bem mais longe do que calúnias e maledicências. A sordidez e a morte cochilam em nós, e nem todos conseguem domesticar isso.
  Lya Luft

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