terça-feira, 11 de agosto de 2015

OPINIÃO

  
  A TRÍPLICE FRONTEIRA DA CRISE: ECONÔMICA, POLÍTICA E INVESTIGAÇÃO (LAVA-JATO)
 O Brasil depois de um período salutar de crescimento econômico e de ascensão social das classes menos favorecidas, infelizmente entrou num ciclo de recessão com a economia em declínio, juros em elevação, inflação em alta e o fantasma do desemprego batendo à porta das famílias.
  Isso está ocorrendo em parte pela crise internacional (não há como negar isso), mas também temos nossas responsabilidades, senão vejamos:
   1. A ampliação e manutenção dos programas sociais (Minha Casa Minha Vida, FIES, Bolsa Família, Mais Médicos, etc), que são necessários, mas que tem um custeio alto para o Governo Federal, aliado a isso e ao mesmo tempo, vieram às despesas e os investimentos para realizar o Mundial de Futebol da FIFA em 2014, sem olvidar as obras e projetos dos PAC’s (transposição das águas do rio São Francisco para atender boa parte dos Estados Nordestinos, tão afligidos pela seca implacável), etc.;
   2. A crise política já se instalou e insiste em desafiar a economia e a estabilidades dos Poderes e das Instituições. E isso não é nada bom para o Brasil e sua população, por serem os mais prejudicados.
  3. Também nessa mesma época surge a Operação Laja-Jato, que investiga esquema de corrupção na PETROBRÁS, e pelo que se vê, o prejuízo foi grande. As instituições pertinentes (MPF, PF, JF e STF) estão fazendo o seu papel (investigar e punir os eventuais culpados).
 A crise econômica se resolve com ajuste na economia e na máquina pública, controle de gastos e acima de tudo, com muito trabalho, confiança e credibilidade. Essa é mais fácil de superar porque o brasileiro é batalhador e lutador, e não desiste facilmente, pois já tivemos crises piores e superamos, e deseja muito retornar o mais breve possível àqueles tempos áureos de desenvolvimento econômico e social. Mas quanto à crise política?! Essa parece que, infelizmente ser renitente, e ainda vai durar um pouco em face da ausência de sensibilidade e equilíbrio dos principais atores envolvidos nessa questão (e não é por falta de amadurecimento político, não!). Alguns não estão pensando no melhor para o Brasil (voltar a crescer, gerar empregos, inflação baixa e taxas de juros mais comportadas), e sim em projeto político de poder de seu partido e/ou no seu próprio, e isso se constata tanto na “oposição” como nos “aliados”, o que é lamentável e reprovável. A oposição só faz o discurso fácil de que a Presidente DILMA ROUSSEFF não teria sido leal na campanha de 2014 (o perdedor se acha traído!? Eleição direta se ganha no voto e com o voto popular, e nada mais), e atrapalham no que podem (juntamente com “aliados” insatisfeitos) aprovando as tais “pautas bomba”, e a mandatária sendo obrigado a vetar tais projetos em tempo de ajustes na economia.
  É primordial que haja nas ações e atos dos agentes políticos bom senso e espírito público para solucionar o mais breve possível essa crise política – Governo e Congresso Nacional (princípio do menor sacrifício), para o Brasil voltar a trilhar o caminho que a grande maioria deseja: o do desenvolvimento com inclusão social. Nessas horas difíceis, imagino quanto falta nos faz o saudoso ULISSES GUIMARÃES. Certamente, essa situação não chegaria a tal ponto que chegou, e o que é pior, poderá ainda se agravar. Será que a Democracia e as Instituições estão preparadas para suportar tenso e grave teste?! Alguém pagaria para ver? Eu não, pois o Brasil não pode e não deve retroceder, jamais.

  COSMO CARVALHO

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