A TRÍPLICE FRONTEIRA DA CRISE: ECONÔMICA, POLÍTICA E INVESTIGAÇÃO (LAVA-JATO)
O Brasil depois de um período
salutar de crescimento econômico e de ascensão social das classes menos
favorecidas, infelizmente entrou num ciclo de recessão com a economia em
declínio, juros em elevação, inflação em alta e o fantasma do desemprego
batendo à porta das famílias.
Isso está ocorrendo em parte pela
crise internacional (não há como negar isso), mas também temos nossas
responsabilidades, senão vejamos:
1. A
ampliação e manutenção dos programas sociais (Minha Casa Minha Vida, FIES,
Bolsa Família, Mais Médicos, etc), que são necessários, mas que tem um custeio
alto para o Governo Federal, aliado a isso e ao mesmo tempo, vieram às despesas
e os investimentos para realizar o Mundial de Futebol da FIFA em 2014, sem
olvidar as obras e projetos dos PAC’s (transposição das águas do rio São
Francisco para atender boa parte dos Estados Nordestinos, tão afligidos pela
seca implacável), etc.;
2. A
crise política já se instalou e insiste em desafiar a economia e a
estabilidades dos Poderes e das Instituições. E isso não é nada bom para o
Brasil e sua população, por serem os mais prejudicados.
3. Também
nessa mesma época surge a Operação Laja-Jato, que investiga esquema de corrupção
na PETROBRÁS, e pelo que se vê, o prejuízo foi grande. As instituições
pertinentes (MPF, PF, JF e STF) estão fazendo o seu papel (investigar e punir
os eventuais culpados).
A crise econômica se resolve com ajuste na
economia e na máquina pública, controle de gastos e acima de tudo, com muito
trabalho, confiança e credibilidade. Essa é mais fácil de superar porque o
brasileiro é batalhador e lutador, e não desiste facilmente, pois já tivemos
crises piores e superamos, e deseja muito retornar o mais breve possível
àqueles tempos áureos de desenvolvimento econômico e social. Mas quanto à crise
política?! Essa parece que, infelizmente ser renitente, e ainda vai durar um
pouco em face da ausência de sensibilidade e equilíbrio dos principais atores
envolvidos nessa questão (e não é por falta de amadurecimento político, não!).
Alguns não estão pensando no melhor para o Brasil (voltar a crescer, gerar
empregos, inflação baixa e taxas de juros mais comportadas), e sim em projeto
político de poder de seu partido e/ou no seu próprio, e isso se constata tanto na
“oposição” como nos “aliados”, o que é lamentável e reprovável. A oposição só
faz o discurso fácil de que a Presidente DILMA ROUSSEFF não teria sido leal na
campanha de 2014 (o perdedor se acha traído!? Eleição direta se ganha no voto e
com o voto popular, e nada mais), e atrapalham no que podem (juntamente com
“aliados” insatisfeitos) aprovando as tais “pautas bomba”, e a mandatária sendo
obrigado a vetar tais projetos em tempo de ajustes na economia.
É primordial que haja nas ações e
atos dos agentes políticos bom senso e espírito público para solucionar o mais
breve possível essa crise política – Governo e Congresso Nacional (princípio do menor sacrifício), para o
Brasil voltar a trilhar o caminho que a grande maioria deseja: o do
desenvolvimento com inclusão social. Nessas horas difíceis, imagino quanto
falta nos faz o saudoso ULISSES GUIMARÃES. Certamente, essa situação não
chegaria a tal ponto que chegou, e o que é pior, poderá ainda se agravar. Será
que a Democracia e as Instituições estão preparadas para suportar tenso e grave
teste?! Alguém pagaria para ver? Eu não, pois o Brasil não pode e não deve
retroceder, jamais.
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