"(...)
O financiamento do terrorismo requer fundos substanciais para o
planejamento de ataques, formação e recrutamento de agentes,
disseminação da propaganda, transporte, preservando os canais de
comunicação, apoio às organizações de satélites e subsídio do custo de
vida de agentes terroristas.
Algumas estimativas apontam que o Estado Islâmico é atualmente o
grupo terrorista mais rico da história, cujas fontes são provenientes do
contrabando, extorsão e pilhagem que facilmente entram no sistema
financeiro através de lavagem de dinheiro. De acordo com os
últimos números do FMI, é estimado em torno de 3,5 trilhões de dólares
anualmente o volume de transações bancárias envolvendo o financiamento
do terrorismo e a lavagem de dinheiro. Há duas razões principais para o
seu crescimento: a sofisticação dos criminosos, e as deficiências do
modelo de correspondência bancária, em que um banco realiza operações e
facilita as operações de pagamento de divisas em nome de outra
instituição financeira. Os lavadores de dinheiro criam ecossistemas
transacionais intrincados para cobrir suas trilhas, usando estruturas
corporativas obscuras entre jurisdições. Com a lavagem de
dinheiro crescendo exponencialmente e o desenvolvimento de ecossistemas
transacionais intrincados para cobrir suas trilhas, usando estruturas
corporativas obscuras entre jurisdições, a necessidade de acertar o
calcanhar de Aquiles dos terroristas é mais urgente do que nunca.
Não
é absurdo concordar com Colin Powell, ex-Secretário de Estado dos EUA,
quando afirmou que 'o dinheiro é o oxigênio do terrorismo. Sem os meios
para levantar e movimentar o dinheiro ao redor do mundo, os terroristas
não podem funcionar'."
João Bosco Monte
Presidente Instituto Brasil África (no O Povo)
(Grifos do Blogue)
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