"CRIANÇA DE 3 ANOS MORRE A CAMINHO DA ESCOLA EM COREAÚ - A TRAGÉDIA ANUNCIADA E O TRISTE FIM!
ATÉ QUANDO? É muito triste e desolador ler matérias jornalísticas publicadas pelos periódicos cearenses nesse dia 20 de novembro (Dia da Consciência Negra), especialmente a trágica morte de uma criança (LUCAS) de apenas 3 (três) anos de idade, quando se dirigia à escola em um ônibus totalmente irregular e sem a menor condição de uso (pneus carecas, sem cinto de segurança, ferrugem, motorista seria inabilitado, etc.). Portanto, clandestino e ilegal)... Mas que fazia o serviço de transporte escolar. Não é assim que teremos uma 'Pátria Educadora'. Certamente que, para a família do menino morto pela irresponsabilidade e desídia do poder público e de alguns inescrupulosos, dirão simplesmente que foi um acidente e que a vida continua. Mas, como bem diz as elaboradas reportagens do Diário do Nordeste, a realidade e/ou situação é outra bem diferente, inclusive, já alertada e publicada em matéria jornalística especial pretérita sobre o mesmo assunto com o título de 'TRAGÉDIA ANUNCIADA'. O que chama a atenção na tragédia de Coreaú que vitimou mortalmente o menino LUCAS é que a quase sucata sem identificação e chamada de 'ônibus escolar' é de propriedade de um vereador da cidade e, no momento do sinistro, era dirigido/conduzido pelo filho do legislador municipal ('Segundo testemunhas, o motorista, identificado como Samuel Machado, filho do vereador de Coreaú, João Aucimar Machado, dono do veículo, subcontratado para prestar serviço de transporte de alunos entre os distritos, não teria habilitação para conduzir aquele tipo de transporte. Esse seria o segundo acidente, em menos de dois meses, com o mesmo motorista ao volante.').Como se vê, essa tragédia não aconteceu por acaso (pois o resultado era previsível), em face de relações nada republicanas. Pois tudo indica que o membro do legislativo municipal conseguiu um contrato com o executivo municipal de Coreaú (que recebe verba federal para custear o transporte escolar), e aquele coloca/emprega o seu próprio filho para dirigir o tal ônibus e, com a precariedade ou inexistência da fiscalização, infelizmente, deu no que deu. Mas, para quem já negou o leite de um programa social com verba federal para as criancinhas pobres do município (TRE - CE), parece que ônibus escolar de verdade, com profissionais (motoristas) legalmente habilitados e em boas condições de uso e trafegabilidade deve ser luxo. Diante da inesperada e precoce perda do filho em idade tenra, só restará aos seus pais além da saudade e da dor diária, arranjar bons profissionais operadores do Direito (advogado particular e/ou defensor público) e ainda contar com a ajuda e o apoio do Ministério Público para cobrar responsabilidades (civil, administrativa e criminal, se o caso) de todos os responsáveis (pessoas físicas e jurídicas, públicas e/ou privadas/terceiros), visando reparar todos os danos e perdas causados por essa tragédia em face da subtração absurda de um ente querido. E que a Justiça seja feita, e na proporção da gravidade do caso, para afastar/inibir a repetição de tragédia de drama humano. Afinal, a vida é o nosso maior bem tutelado pelo Estado Social Democrático de Direito."
COSMO CARVALHO
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