24 de set. de 2016

NA MESMA LINHA...

Ir a Coreaú é ir à Rua de Baixo e baixar no Bar do Tutim. Ir ao Mercado e ter um dedo de prosa com o Inácio Albuquerque. Passar na Praça da Matriz e ouvir seus pardais, em seu eterno alarido. E topar com um conhecido - em qualquer beco - e ter com ele uma conversa (mesmo que curta). É ir ao Alto e calibrar os pneus numa birosca qualquer. É ver a feira e seu ruge-ruge. É comer bolo manzape e ouvir pela milésima vez aquela história do "não troco um por dez missas". É dar uma volta pelos arredores da rua, mesmo correndo o risco de esbarrar em algum descuido prefeitural. É ver o povo, já cedinho cuidando da vida e o padeiro deixando o pão quentinho pendurado no portão. É ver o último notívago chegando em casa, com aquela conversa sem fim. É ouvir a banda tocar em algum lugar: - Aniversário?! É poder ver os meninos pobres correndo com um pneu de bicicleta, que apanha de um pedaço de pau. É ir ao Araquém e ouvir as histórias dos tempos de ontem, quando galinha (ainda) tinha dentes. É ouvir a lodaça dos bares, onde a filosofia é renitente, benéfica e generosa... Ir a Coreaú é conectar-se com vários, diversos, ricos mundos!

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AV. BEIRA MAR NO ABANDONO

Nem o belo logradouro escapa. Triste fim de uma gestão lastimável!