"Quem das brancas praias do Ceará demanda o interior das terras, nota que todo o terreno sobe, muito sensivelmente, da orilha do Atlântico para o sertão. (...) Quando o pau-branco se esgalhar entre cerrados de rompe-gibão, troncos altos de catandubas elegantes, e ao olhar se estenderem vastas caatingas de juremas raquíticas, ensombrando touceiras de coroa de frade; quando cortarem o terreno largas lajes de granito e xisto argilosos, quartzitados, se esbarrondarem nas ribanceiras, por entre lascas de calcário endurecido, lenta e silenciosamente se transformando em mármore, — aí começa o sertão".
Gustavo Barroso, citado pelo poeta Marco Haurélio
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