A força da inspiração
Para falar de um ser
Sem nenhuma devoção
Meio doido, atolaiado
Abirobado, um cancão!
Cancão é um passarinho
Sempre adoidado e corneta
Zoadento e arigó
Mas não é nenhum perneta
Só vive de se danar
E de fazer pirueta!
O nosso Pedro era assim
Desengonçado sujeito
Era mais desmantelado
Que corrida em beco estreito
Vivia só de errar
Tudo fazia mal feito!
Um dia Pedro partiu
Pro rio para pescar
Iscou bem o seu anzol
Para na água jogar
O que lhe veio? Um bilhete
Escrito: - Vá trabalhar!
Outra vez foi à igreja
Queria se confessar
Já que andava muito arteiro
Se gabando pra danar
O padre lhe disse: - Vá.
Quer tomar o meu lugar?
(...)
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