"Temos que 'letrar' nossos alunos e as pessoas em geral. Explicar o que é história e como esta é escrita. Porque é falta de conhecimento ou muita ingenuidade achar: 'Primeiro o Lula, depois o resto!'.
É desconhecer quem são e como agem os setores dominantes deste País e os poderes estatais. O discurso contra a corrupção foi usado em 1889, 1922, 1930, 1937, 1945, 1954, 1964, 1985, 1992 e hoje. É um discurso fácil de ser feito, pra esconder outros interesses.
Porque ninguém, em sã consciência, vai defender corrupção. Mas aí acreditar numa 'cruzada contra a corrupção'...
Não deixa de ser cômico ver entidade empresarial publicar anúncio em jornal pedindo ética, quando muitos de seus membros são acusados de se apossar de bens públicos, desviar recursos estatais, grilar terras, sonegar impostos, agredir e mandar matar líderes populares, realizar contrabando... Não que creia em santos. Fui nos últimos anos um crítico dos rumos do País, especialmente sobre a Copa do Mundo (tema que pesquisei). A mensagem é clara com o que acontece hoje: desmoralizar quem luta por igualdade social.
Sei que a consciência de classe não é espontânea. É fruto de tradições e práticas nas quais o indivíduo está inserido.
Muitas pessoas nunca vão tê-la. Mas não deixa de ser trágico ver pessoas pobres usando o discurso de quem sempre lhes explorou. Ah, e não foi o Marx que inventou a ideia de classe ou de luta de classes. Foram pensadores conservadores, como Guizot!"
Airton de Farias, historiador cearense
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