MARACANAÚ, domingo, meio dia. Os caminhões começam a encostar. Vem carregados de melancia, abóbora, milho verde, coco, verdura... Estão nas proximidades da Ceasa. Os motoristas reúnem-se, conversam, comem uma tapioca, um milho verde... Ao redor, uns poucos vendedores. Alguns motoristas biritam (coisa pouca. Amanhã tem batente!), outros jogam dominó, baralho... Ali perto está a balança gigante da Central do Estado. Todos esperam pela segunda de manhã, querem atendimento mais rápido do pessoal da Ceasa. Os últimos carreteiros rumam pra casa, com a rodilha debaixo do braço. Há um clima de irmandade. Trabalhadores unidos no sofrimento, na dor, nos salários aviltantes... Àquela hora os patrões certamente curtem suas vidas de fausto. Mas eles (trabalhadores) estão ali, ao relento, debaixo de sereno fino e teimoso. É esse povo de que falo que não quer mais nada na vida, que nada produz, que só espera pelo governo, etc. No discurso cínico de muitos, ele nada é. Não passa de trambolho nacional, preguiçoso contumaz e inveterado. Mas ninguém vai passar a noite lá onde ele está!
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6 de mai. de 2018
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