O SUJEITO era malamanhado, desengonçado, bronco. O terror das criancinhas. Sua gargalhada era um desaforo. Quando soltava aquele escandelo gutural, um eito de meninos sumia na esquina, com medo da rebordosa. E o camarada ficava rindo com os poucos dentes que lhe sobraram, com aquela cara de louco que perdeu a consulta com o psiquiatra e nem desconfia onde se situe o hospício. E assim ele vivia. Rua acima, rua abaixo, filando pinga e bicos de pão. Sempre com uma surrada gravata no pescoço, se dizendo idôneo pra deputado. Ou seja, um desgraçado social. Malaquias, o mala.
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