quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

CRÔNICA DE UMA CIDADE DESOLADA

Entro no veículo do Uber, depois de 8 horas da manhã. O motorista, solícito, já me vem com bombonzinhos, que eu dispenso. O sr. fala pelos cotovelos e pergunta-me pelo meu gosto musical. Tenta me empurrar um cantor gospel. Desiste (ainda bem!). O carro corre (Itapery, Aeroporto, Montese, Benfica...). Polícia zero nas ruas. Na Avenida 13 de Maio (Benfica), a admiração do condutor: - Um soldado na guarita? Era o 23o. Batalhão de Caçadores (do Exército). Na entrada do predião, está escrito: "Exército Brasileiro. Braço forte, mão amiga!". Mas a cerca é elétrica. E as guaritas ficam, geralmente, vazias. Antes de chegar ao destino, nada de PMs. Quando espero um exame na clínica médica, um carro da polícia passa com a sirene ligada, deixando as pessoas apreensivas. O Estado ausente, quando aparece é como aquela galinha ruim, que quando põe um ovinho, faz um rapapé desgraçado. É a vida nessa cidade... sem gestores que gostem dela!

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