24 de mar. de 2019

UMA CAPA PARA O CORDEL

"Atraído pela figura do Padre Cícero, José Bernardo da Silva pisou (pela primeira vez) em Juazeiro do Norte no ano de 1926. Na bagagem, trazia folhetos clássicos que resolveu imprimir em paralelo ao trabalho como comerciante de ervas e raízes. No fim da década de 1930, comprou a primeira impressora. Manual e barulhenta, era apelidada de 'quebra-pedras'. Aos poucos, montou sua tipografia no quintal de casa. Depois que adquiriu, em 1949, os direitos de publicação do acervo e as máquinas de João Martins de Athayde, de Recife, tornou-se o principal editor de literatura de cordel do Brasil. Surgia, assim, a Tipografia São Francisco, que, mais tarde, tornara-se a Lira Nordestina, segundo o pesquisador de cultura popular Gilmar de Carvalho.Entre as décadas de 1950 e 1980, a tipografia foi responsável pela maior publicação de cordéis do País. A produção era massiva e contava com os serviços de 10 a 15 funcionários. Clássicos como 'O Romance do Pavão Misterioso', de José Camelo de Melo, 'Proezas de João Grilo', de João Ferreira de Lima, e 'A Donzela Teodora', de Leandro Gomes de Barros, saíam de Juazeiro do Norte e ganhavam o mundo. (...)." DN

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