18 de mai. de 2019

NO TEMPO DOS PASSARIM

QUANDO menino sempre teimava em criar pássaros em casa. Filhotes. Dava a eles milho mole, arroz, pedaços de frutas, etc. Mas parece que eu não os agradava. Ficaram sempre magros, raquíticos ou morriam. Mas eu teimava na (ofensiva) atividade. Da minha mãe sempre ouvia coisas do tipo: "Quem cuida bem deles são as mães...; "Elas escolhem muito bem cada grãozinho, cada comidinha própria pra eles!"; Elas (muitas vezes) vão longe pra isso!"... Mas, geralmente, nos começos das quadras invernosas (não é assim que aquele homem sabido fala na TV?), quando a passarada aparece no sertão já todo verde, com aquela algazarra de quem acabou de receber gordo salário, lá se ia eu, com minha mania de criar filhotes de pássaros... E de novo minha mãe voltava a ralhar (lá dos seus afazeres intermináveis): "A mãe dos bichim deve está numa saudade danada...". Como são sábios os conselhos de mãe. Sempre certeiros, cheios de significação, de sabedoria de velhas índias... E a gente, cabeça dura, nem sempre escuta. Aliás, escutar, escutar... Como nos fez/faz falta!

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