"Na arte, o povo não encontra consolação nem exaltação, porém os refinados, os ricos, os ociosos, os destiladores de quintessências procuram, na novidade, o estranho, o original, o extravagante, o escandaloso. Eu mesmo contentei, desde o cubismo e muito antes, a todos esses críticos com as embromações que me ocorriam, e eles tanto mais me admiravam quanto menos me compreendiam. À custa de todos esses jogos, esses quebra-cabeças e esses arabescos, fiz-me célebre rapidamente. E a celebridade significa, para o pintor, vendas, fortuna e riqueza. Sou agora além de célebre, rico. Porém, quando fico só comigo mesmo, não posso considerar-me um artista no grande sentido que esta palavra possui. Grandes pintores foram Giotto, Ticiano, Rembrandt e Goya. Eu sou apenas um embromador que compreendeu seu tempo e tirou o que pôde da imbecilidade, da vaidade e da ganância de seus contemporâneos."
(Cf. em O PENSAMENTO VIVO DE PICASSO, pesquisa de texto e tradução de José Geraldo Simões Jr. - Martin Claret Editores, 1985, págs. 76/77).
(Cf. em O PENSAMENTO VIVO DE PICASSO, pesquisa de texto e tradução de José Geraldo Simões Jr. - Martin Claret Editores, 1985, págs. 76/77).
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