terça-feira, 24 de março de 2020

UM POEMA DE UM POETA GRANDE

NÓS
Era um homem já velho que seguia,
Pela estrada da dor e do infortúnio.
Ele há muito deixara o plenilúnio
E minguava, e minguava, a cada dia
Mais adiante, um garboso rapaz ia,
E este ao velho era como o interlúnio
Não o vê, mesmo assim, o moço pune-o,
E, ao puni-lo, a si mesmo se punia
Com mãos ágeis, dava ele muitos nós
Intrincados, e o velho vinha após,
Desatando-os com tal dificuldade
Sua mão calejada era o sinal
De que a si provocara um grande mal:
Era o moço ele mesmo em flórea idade!

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CADÊ OS OUTROS?

"O Estado do  Ceará vai enviar 66 toneladas de alimentos, para o RS" A politicalha, claro, já está lá, aproveitando-se da situação!