23 de mar. de 2021

NA MINHA INFÂNCIA

De Benedito Gilson Ramos (Manchão), de Coreaú

*** Tudo passa em nossa vidas/Mas a gente, nada de esquecer/O que eu fiz, o que se fez/Ou o que deixamos de fazer/As cacimbas do Elísio/Eram longe, que dava dó/Os banhos no Bueirão/As cipoadas da minha avó/Os paus do rios e as guabirabas/As pitombas e os jatobás/As mutambas, bem docinhas/E as cambicas de cajá!/Os madureiros de ata/Os pepinos e as melancias/Os capitães de feijão/E os caldos que eu bebia/As caçadas de baladeira/As armações de arapuca/As pescas de anzolim/E as minhocas na cumbuca! ***

Pequeno trecho do poema na minha infância, escrito em 15.09.2010.

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Nem o belo logradouro escapa. Triste fim de uma gestão lastimável!