segunda-feira, 20 de setembro de 2021

POETAS CEARENSES VIVOS - 6

  A CASA DO MEU AVÔ

A casa de meu avô

tem histórias que o vento
esqueceu nas cumeeiras



Traços traçam
amarelo de tempo
nas pessoas dos retratos 
No chapéu de meu avô
o peso do esperar
pendurou-se nas abas


O último cachorro
deixou seu jeito no canto da porta
seu grito no longe da serra
e no susto dos bichos

Nos varais as marcas dos panos
se envergonham de nudez
Nos baús o cheiro dos lençóis
espera a vida
que se esvaiu pelas frechas

A casa de meu avô
É uma dor sem jeito!

Batista de Lima, é também prof. da Unifor

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