A casa de meu avô
tem histórias que o ventoesqueceu nas cumeeiras
Traços traçam
amarelo de tempo
nas pessoas dos retratos
amarelo de tempo
nas pessoas dos retratos
No chapéu de meu avô
o peso do esperar
pendurou-se nas abas
O último cachorro
deixou seu jeito no canto da porta
seu grito no longe da serra
e no susto dos bichos
Nos varais as marcas dos panos
se envergonham de nudez
Nos baús o cheiro dos lençóis
espera a vida
que se esvaiu pelas frechas
A casa de meu avô
o peso do esperar
pendurou-se nas abas
O último cachorro
deixou seu jeito no canto da porta
seu grito no longe da serra
e no susto dos bichos
Nos varais as marcas dos panos
se envergonham de nudez
Nos baús o cheiro dos lençóis
espera a vida
que se esvaiu pelas frechas
A casa de meu avô
É uma dor sem jeito!
Batista de Lima, é também prof. da Unifor
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