18 de nov. de 2021

NA PALMA (DO MEU TEMPO) OU DE UM FILHO DO MEDO

Eu, quando cheguei na Palma/Trouxe sonhos num balaio/Vinha eu do Araquém/Não tinha cavalo baio/Cheguei todo de improviso/Pois a vida era um ensaio!//De menino sonhador/Doidinho pra estudar/Ver as letras, passar nomes/Ver o barco velejar/Mas a água era (bem) turva/Toda ela a volumar!//Instalei-me por ali/Meio tonto da refrega/Pra começo de conversa/Fui mesmo para a bodega/Na Rua de Baixo d'ontem/Preparei-me para a pega!//Era tudo muito novo/Cada dia mais escasso/A tremedeira era grande/Tanto medo, em cada passo/Horror de cada pancada/De pauladas no cachaço!

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AV. BEIRA MAR NO ABANDONO

Nem o belo logradouro escapa. Triste fim de uma gestão lastimável!