Ele é escritor, pesquisador e historiador:
"A pergunta: Nossa Senhora Aparecida é também Nossa Senhora da Conceição? É sim. E por quê? Em geral é possível agrupar os títulos de Maria, também conhecidos como 'invocações marianas', em ao menos três vertentes: a cotidiana, a litúrgica e a histórica. A cotidiana é aquela que atribui títulos ligados aos problemas diários que Maria pode resolver. Para as grávidas, ela é a Senhora do Bom Parto; para os envolvidos em problemas de soluções muito difíceis, ela é a Desatadora dos Nós. Nossa Senhora do Alívio, ameniza dores físicas; Nossa Senhora da Boa Morte, protege os agonizantes; Nossa Senhora da Consolação, acalenta e ameniza a angústia dos aflitos. Os títulos litúrgicos referem-se a episódios da vida de Maria, como Nossa Senhora da Imaculada Conceição, que se refere ao fato de Santa Ana ter concebido Maria sem pecado; Nossa Senhora das Dores, que relembra a dor de Maria, ao ver Cristo morto na cruz. Nossa Senhora da Glória, que faz remissão à ascensão de Maria aos céus em corpo e alma. Nossa Senhora da Anunciação, rememora a visita em que o arcanjo Gabriel anunciou a gravidez da Virgem e a chegada do Cristo, etc. No caso da padroeira do Brasil, a imagem aparecida no Paraíba do Sul, e resgatada por pescadores, no famoso caso da pesca milagrosa, em 1717, foi a de Nossa Senhora da Conceição. Logo, ela é a Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Na aparição de Nossa Senhora em Fátima, para os três pastorinhos portugueses, a Virgem que falou com as crianças, era Nossa Senhora do Rosário. Por isso, ela é a Nossa Senhora do Rosário de (aparecida em) Fátima. Essa acúmulo de títulos marianos é bem comum. Para saber mais, vendo meu peixe: Santos de Casa: fé, crenças e festas de cada dia, livro que lancei pela Bazar do Tempo, sobre cristianismo e cultura popular. É isso!"
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