CONTOU-ME um médico que vários pacientes lhe passaram pelas mãos, no ocaso, no por do sol da vida. Muitos reclamaram a presença de alguém: mãe, pai, vô, vó, tios, sobrinhos, vizinhos... e até empregada. Sobre essa última, indagou ele um, um dia: - Por quê? Não pergunta pelo barco, jetski, carrão, lancha, moto cara, nada? Ao que disse-lhe o moribundo: - Maria (a empregada) me trazia, sempre, suco, café quentinho, cuscuz com manteiga da terra, lençol, boa música, carinho, afeto e um abraço sincero. Nunca tive isso de ninguém, com tanta constância e abundância. Se ela vier aqui, já poderei partiu, mais sossegado!
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