DA VIDA! A calça de linho, com vinca impecável, rasga-se, logo na dobra; o mocassim desejado por tempos, larga o solado, depois de uma festinha boba; o cinto de couro e rica fivela, parte-se, desgraçadamente, deixando as calças arriando, em público; a gravata, com florais amazônicos, perde a cor e vai para o fundo do baú. As meias furam-se, quase ao mesmo tempo, e nos faz ir, de novo, ao mercado das novidades (passageiras); aquele penteado cuidadoso e bem tratado com brilhantina, sai de moda e passa a ser motivo de chacota e conversinhas de canto de sala... Oh, vida. Por que você muda a roupa assim, com tanta constância, minha santa? Seja mais vagarosa e prudente. Deixe de ser tão arreliada. Eu quero tirar de você todo o suco, todo o sumo, todo o chibé, o cheiro (e o gosto) da folha, da flor, da casca, da raiz e do nó!
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