"A primeira limitação na interpretação dos dados é que ele não avalia o currículo escolar do Brasil ou de nenhum dos países analisados. Ele foca em avaliar um conjunto de habilidades e competências, que a OCDE definiu como sendo o esperado, para um jovem adquirir. Ao criar um parâmetro geral para todo o mundo, o Pisa desconsidera os diferentes contextos sociais e políticos de cada país", diz Jhonatan Almada, diretor do Ciepp (Centro de Inovação para a Excelência em Políticas Públicas). Almada também vê com preocupação a forma como os dados influenciam a elaboração de políticas públicas educacionais. Segundo ele, há uma tendência de 'copiar' os países que ocupam os primeiros lugares no ranking, sem considerar as especificidades de cada rede de ensino. "O Pisa ajuda a criar os modismos na educação. Em 2015, quando Singapura alcançou o primeiro lugar, muitos políticos e escolas começaram a fazer projetos de educação financeira, para copiá-lo", lembra. "É mais fácil adotar medidas da moda, do que formular uma política que vai de fato mudar a estrutura precária das redes públicas de ensino do Brasil", avalia." Via Folha de SP
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