31 de mai. de 2024

PATATIVA, CERTEIRO, DE NOVO

O QUE MAIS DÓI

O que mais dói não é sofrer saudade

Do amor querido, que se encontra ausente

Nem a lembrança que o coração sente

Dos belos sonhos da primeira idade

Não é também a dura crueldade

Do falso amigo, quando engana a gente,

Nem os martírios de uma dor latente,

Quando a moléstia o nosso corpo invade.

O que mais dói e o peito nos oprime,

E nos revolta, mais que o próprio crime,

Não é perder da posição um grau

É ver os votos de um País inteiro,

Desde o praciano ao camponês roceiro,

Pra eleger um presidente mau!

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