Conclusões I
"Faz tempos que eu as tenho. Pois bem. Imagine que eu tivesse, vejam bem eu escrevi, tivesse e não tenho, cem cabeças de gado. Agora você imagina que eu contratasse um vaqueiro para cuidar de minha boiada. Agora você imagina que depois de quatro anos eu voltasse à fazenda e constatasse que o vaqueiro tinha vendido ou comido as minhas cem vacas e me deixado na peia. Agora aponte o culpado. A grande maioria dirá sem titubear: - O vaqueiro! Erraram todos. Eu sou o culpado. Isso mesmo assumo por inteiro a culpa. Eu deveria ter escolhido um bom vaqueiro, honesto, com escrúpulos e que zelasse pelos interesse de seu patrão. Mas não o fiz. Fui irresponsável. - Viu? Então?
Agora me responda uma coisa: - Quem é o pior, mais corrupto, sem escrúpulos político desta nação sucupirana ou republiqueta de bananas, como dizia aquele outro, do qual não lembro o nome agora? Isso... isso... isso... Se a resposta não estiver na ponta da língua, releia o primeiro parágrafo destas mal traçadas linhas, uma, duas, três, quatro, cinco...
- Cale-se!!! Cale-se!!! Cale-se!!! Você me deixa looooooooooooooooooooooouuuuco!!!!
-... seis, sete, oito, nove....
- Cale-se!!! Cale-se!!! Cale-se!!! Você me deixa looooooooooooooooooooooouuuuco!!!! (de novo)
-... ou dez vezes, se for necessário e responda.
- Já sei... é o mordono...
- Que que é isso, amado, estimado, idolatrado e tantos outros ...ados leitor destas mal traçadas linhas... Não existe a palavra mordomo escrita lá...
- Mas não é sempre o mordomo, o culpado de tudo não é?
- Nem sempre!!! Ele é só um figurante nestas tramas enigmáticas de Agatha Christie. Aqui na política brasileira a história é outra. Sei que já leste o parágrafo dez vezes. Dê mais um palpite e responda logo minha pergunta.
- Já sei, já sei...
- Então? Responda logo...
- O vaqueiro!!!
- Errou de novo...
- É o dono da fazenda, no caso o eleitor...
- Não entendi nada...
- É por isso... Não entendem, vendem suas consciências e ficam a vida toda a apontar a culpa na consequência e não na causa... É o eleitor o pior político. Pois é ele quem escolhe o seu representante. E o representante tem sempre as características de quem ele representa. Então, se o cara lá em cima no poder faz qualquer c@g@#@, é por que ele está representando alguém aqui embaixo, algum c@g@o que vendeu o seu voto, no caso o seu eleitor. Aprendam a escolher o vaqueiro, que sua boiada só tende a crescer, pois, como diz o ditado popular, quem engorda o rebanho é o olho do dono.
Por estas e outras opiniões, ando me atritando vez por outras com uns e com outros. O sujeito critica, mas na hora do voto, que venha a onça ou a garoupa. Vai ter moral assim para criticar político na baixa da égua, que lá deve ser lugar de eleitor sem escrúpulos. Me atrito também com político que para ganhar simpatia chega pro povo e diz que 'este povo' é vítima dos maus políticos. Outra mentira. Hipocrisia oceânica!!! Ninguém é vítima de ninguém. Tudo não passa de um grande balaio de gatos cheio de serpentes, (eleitor e político, que são a mesma coisa) engolindo a outra pela cauda. Acabe com o eleitor ou pelo menos qualifiquem-os, e isto não é tarefa fácil, que se acabarão todos os males da política. Será que estou exagerando? Será? Talvez!!!
Tenho dito... E sempre!!!" (segue)
(Manuel de Jesus)
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