18 de jan. de 2012

FILHO AOS PORCOS!

  "Graça Aranha, pioneiro do modernismo e romancista de CANAÃ, escreveu naquela obra-prima um episódio em que uma mulher, Maria, atira seu filho aos porcos. Graça não inventou o fato. Só deu feição literária ao mesmo. Ele exercera o cargo de juiz em Cachoeiro de Santa Leopoldina, no Espírito Santo. Ali teve em mãos o processo em que uma alemã, Guilhermina Lubock, foi denunciada pelo promotor público, Manuel Pedro Villaboim, como responsável pela morte do filho, tal como descreve o romancista. Em carta ao crítico literário José Veríssimo, o escritor recordara o processo e a sessão do julgamento de Guilhermina Lubock: 'A acusação era clara, a defesa obscura, mas essa mulher pôs em mim olhos de um apelo de tal misericórdia e de piedade, que ainda tenho e terei por toda a vida sobre mim esse olhar. Acreditei na sua inocência e, quando tive de escrever a cena do CANAÃ, o meu amor, a minha compaixão reabilitariam a ignorada vítima, que talvez esteja por aí em alguma prisão pagando um crime de que a minha emoção a declara inocente'."
  (BARROS ALVES)

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