18 de mar. de 2012

LITERATURA NACIONAL. DICA DO POETA SÂNZIO DE AZEVEDO

  POETAS ESQUECIDOS/ MARANHÃO

   MARANHÃO SOBRINHO (1879-1916)

NOTURNO

A noite, no seu peplum de violetas,
baixa dos altos píncaros chorando,
com os astros dentro das pupilas pretas,
como lótus num lago flutuando...

Das tristezas nas fúnebres vihetas
descem nas águas do riacho branco...
Onde as nuvens das doidas borboletas
que andaram todo o dia matizando?

As asas dormem, na mudez dos ninhos,
fechadas. Vão pingando os pirilampos
reticências de luz pelos caminhos...

E, em pouco, da amplidão profunda e nua,
doirando os vales e alagando os campos,
desce o perdão de lágrimas da lua...

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