18 de mar. de 2012

SÂNZIO DE AZEVEDO INDICA

  POETAS ESQUECIDOS/ MARANHÃO

   ADELINO FONTOURA (1859-1884)

CELESTE

É tão divina a angélica aparência
E a graça que ilumina o rosto dela,
Que eu concebera o tipo da inocência
Nessa criança imaculada e bela.

Peregrina do céu, pálida estrela
Exilada da etérea transparência,
Sua origem não pode ser aquela
Da nossa triste e mísera existência.

Tem a celeste e ingênua formosura,
E a luminosa auréola sacrossanta
Duma visão do céu, cândida e pura.

E quando os olhos para o céu levanta
Inundados de mística doçura,
Nem parece mulher, - parece santa.

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AV. BEIRA MAR NO ABANDONO

Nem o belo logradouro escapa. Triste fim de uma gestão lastimável!