"Ponderando sobre o texto 'Quem Toma as decisões?', (do sr. Carlos Teles)
'Na referida tábula, companheiro (e demais leitores e
colaboradores deste digníssimo blogue), a disputa, quando travada, em verdade,
é pelas migalhas que dela saltam e se arrastam pelo sujo chão das mansões e casas
de veraneio de elites palmenses. Porque as decisões nem a partir delas vem
sendo tomadas, mas de modo ainda menos democrático (acredite, se quiser!), em
gabinetes reservados, até fora das dependências de nossa empobrecida terra. É
um jogo de cartas marcadas!
Onde o povo se faz gado, não faltam aqueles que se candidatam a
vaqueiros... O posto de capataz é ainda mais almejado, por poucos indicados de
cima (ou debaixo, pelo referencial que leva em conta a pobreza de valores) e as
decisões são, de fato, tomadas, usurpadas do povo.
Ainda se espera por parte de muitos a vinda de um 'salvador',
oriundo de uma realidade externa, que cai (de paraquedas) em tempos
eleitorais. Outros, também muitos, se contentam com o circo
atualmente armado e as benfeitorias ocasionais, tantas nem de incumbência
municipal.
Os que querem se destacar ao pensar alternativas verdadeiras têm,
assim, de se afixar no ínterim localizado entre os de ambições coletivas pobres
e mesquinhas e 'os cegos que não querem ver' (como diz o dito popular), dos
quais a maioria não pensa tão distintamente, quanto se pode apostar dos
primeiros. É uma posição difícil de se manter, esta do meio citado, porém é a
que eu venho tomando, com o certo radicalismo que meu senso de ética implica.
Nossa terra é distinta em parir pessoas inteligentes! Tão bom
seria se a totalidade (ou, no mínimo, a maioria) destas levantasse sequer uma
palha pelos interesses dos menores e mais enfraquecidos pelas injustiças
daqui! Enquanto não nos organizamos de
maneira minimamente decente, fico no aguardo e trabalho paciente para
construirmos, um dia enfim, a efetivação de um projeto verdadeiramente popular.
Com as minhas saudações,
(Benedito Gomes Rodrigues)
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