"O índio, ao lidar com a terra, trata-a como mãe, que lhe concede a existência, que lhe constitui,
ampara e dá carinho; uma mãe que também pune quando necessário, quando um filho
seu a renega e oprime seus irmãos, adoecendo-a.
O índio se reconhece, humildemente,
não sendo melhor, mas inserido na grande cadeia de vida... Somente um elo, o pensante,
em meio aos inumeráveis elos, equilibrados; e, que numa corrente sabiamente
articulada, têm cada um sua energia singular e importância. Se um único elo
falha, mesmo que temporariamente, rebenta-se todo o sagrado cordão, para ter de
se refazer ao todo, renascer com o custo da morte.
O elo representativo do
ser humano rapidamente vem se rompendo e de maneira avassaladora! O propulsor desta
destruição é o atual modelo de sociedade, injusto e insustentável, o mesmo que
diz serem as culturas indígenas sinônimo de retrocesso e ignorância! Do que
adianta todo nosso conhecimento científico e técnico, se perdermos um sentido
de ética global, de respeito para com a Mãe-Terra e seus filhos?!
Melhor começar a ser
índio novamente, talvez seja a única alternativa..."
(Benedito Gomes Rodrigues)
Graduando em Psicologia (UFC)
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