SERTÃO
Ôxente, que lugá bão
Só é esse meu sertão
Terra de muié bunita
E de muita divesão
Povo muito hospitalero
Alegre, bem prazentero
De fé, de religião.
Quando chove tem fartura
Muita fruta e verdura
Mandioca, mio e fejão
Tem a festa da coieta
E as moças toda sinfeita
Para podê paquerá
Veste o vestido mais fino
Bota batom, pó e ruge
Quanto mais elas sinfeito
Mais quere se sinfeitá.
Quando chega o mês de junho
Tem mais comemoração
Todo o povo se prepara
Para a festa de São João
Tem barraca tem quermesse
E o pessoal faz a prece
Para o santo protetor
Quié pra não fartá a água
Que dá pra nóis o sustento
Brota da terra o alimento
Pois sem ela nada presta
Num tem vida, num tem festa
E a gente fica a chorá.
Quando a seca vem chegando
O verde vai se acabando
E a tristeza baixa aqui
Tem gente que vai simbora
Pega as traia, dá o fora
Pensando um dia vortá
Quando vortá a chover
E de novo enverdecer
Esse nosso Ciará.
Mesmo assim num tem lugá
Bão que nem o meu sertão
Aqui tem muié facêra
Forró, lambada e baião
É terra de resplendô
De moça namoradera
E rapaz trabaiadô.
Paula Claudino, professora e poetisa de Fortaleza
09/04/1993.
Ôxente, que lugá bão
Só é esse meu sertão
Terra de muié bunita
E de muita divesão
Povo muito hospitalero
Alegre, bem prazentero
De fé, de religião.
Quando chove tem fartura
Muita fruta e verdura
Mandioca, mio e fejão
Tem a festa da coieta
E as moças toda sinfeita
Para podê paquerá
Veste o vestido mais fino
Bota batom, pó e ruge
Quanto mais elas sinfeito
Mais quere se sinfeitá.
Quando chega o mês de junho
Tem mais comemoração
Todo o povo se prepara
Para a festa de São João
Tem barraca tem quermesse
E o pessoal faz a prece
Para o santo protetor
Quié pra não fartá a água
Que dá pra nóis o sustento
Brota da terra o alimento
Pois sem ela nada presta
Num tem vida, num tem festa
E a gente fica a chorá.
Quando a seca vem chegando
O verde vai se acabando
E a tristeza baixa aqui
Tem gente que vai simbora
Pega as traia, dá o fora
Pensando um dia vortá
Quando vortá a chover
E de novo enverdecer
Esse nosso Ciará.
Mesmo assim num tem lugá
Bão que nem o meu sertão
Aqui tem muié facêra
Forró, lambada e baião
É terra de resplendô
De moça namoradera
E rapaz trabaiadô.
Paula Claudino, professora e poetisa de Fortaleza
09/04/1993.
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