"Em
sua passagem pelo mundo, Jesus se notabilizou
pela pureza, pela bondade e pela sabedoria.
A
meditação sobre Sua vida é sempre salutar.
Um
aspecto interessante para refletir consiste no
hábito que Jesus tinha de orar.
Nas
mais diversas oportunidades, buscava se
conectar com o Pai.
A
pedido dos Apóstolos, ensinou-lhes a oração
dominical.
Em
Suas derradeiras instruções, antes de
experimentar o martírio, Ele também tratou da
prece.
Disse
que, até aquele momento, os discípulos nada
haviam pedido em Seu nome.
Mas
que, ao pedirem, receberiam, para que sua
alegria se cumprisse.
Com
base nessa assertiva, muitos cristãos entendem
que toda e qualquer oração deve ser atendida.
Não
têm pudor de rogar ao Senhor da Vida a
satisfação de fantasias e caprichos.
Ou
então pedem para que a morte poupe um ente
querido.
De
outras vezes, rogam para ter vida tranquila,
ao abrigo de imprevistos e desastres.
Imaginam
que todos os seus problemas se solucionarão,
ao simples custo de uma rogativa.
Olvidam
a lei do trabalho, para se lançarem no simples
petitório.
Desejam
facilidades, sucesso sem esforço.
Acreditam
que sua condição de cristãos lhes garante uma
posição privilegiada no mundo.
Com
isso, esquecem outra afirmativa do Messias
Divino, no sentido de ser necessário tomar a
própria cruz.
Ou
seja, esforçar-se para superar os percalços do
mundo.
Guardar
dignidade frente às tentações.
Servir
de exemplo, com uma vida laboriosa e serena.
Na
ausência de pronto atendimento a suas
rogativas, quedam desalentados.
Entretanto,
há um aspecto importante a ser observado.
Jesus
prometeu a resposta do céu aos que pedissem em
Seu nome.
Por
isso mesmo, a alma crente, convicta da sua
fragilidade, precisa interrogar a própria
consciência.
Deve
analisar o conteúdo de suas rogativas ao
Supremo Senhor, no mecanismo das manifestações
espirituais.
Estará
ela suplicando em nome do Cristo ou das
vaidades do mundo?
A
título de orar, não estará apenas cultivando o
hábito da reclamação?
Pedir,
em nome de Jesus, implica aceitar a Vontade
Divina sábia e amorosa.
Essa
rogativa tão especial pressupõe a entrega do
próprio coração.
E
quem se entrega ao Divino Amigo sabe se
contentar com o necessário que lhe é
concedido.
Nessa
entrega reside o segredo da compreensão
perfeita da sublimidade do amor de Deus.
Ele
não envolve Suas criaturas em padecimentos com
o propósito de vê-las sofrer.
Experiências
dilaceradoras destinam-se a fazer surgir a
pureza dos anjos.
Elas
propiciam a superação do estágio de infância
espiritual.
Chamam
a atenção para o que realmente importa: a
consciência tranquila, a fraternidade e a fé.
Nisso
reside a genuína alegria do cristão, que
jamais perece.
Pense
a respeito."
Redação
do Momento Espírita, com base no cap. 66, do livro Caminho,
verdade e vida, pelo Espírito Emmanuel,
pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed.
Feb. Em
8.8.2012.
COLABORAÇÃO: MANUEL DE JESUS
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