sexta-feira, 4 de julho de 2014

ELEIÇÃO FRANKENSTEIN - I

  Belo texto. Vale à pena ler! 
  "'Se o desonesto soubesse a vantagem de ser honesto, ele seria honesto ao menos por desonestidade'. Sócrates, filósofo grego.
  Os partidos brasileiros são realmente autistas. Ou surdos, para ficar no mínimo. Eles não conseguiram ouvir as vozes roucas das ruas, nem tampouco entenderam as questões de fundo nas manifestações de junho de 2013. Os manifestantes não tinham como alvo ninguém em particular, mas o repúdio era para todos os políticos e partidos de um modo generalizado.
  Em todos os logradouros, praças e locais públicos, havia uma voz uníssona: partidos e políticos, não. As agremiações foram escorraçadas dos protestos como cães sarnentos. Não escapou nenhum da sanha dos que estiveram fazendo, de forma ordeira, o que é legítimo numa democracia: protestar contra o que não concordam. Mas, mesmo nos movimentos espontâneos, há sempre os oportunistas de plantão que se aproveitam das circunstâncias para se apropriarem de bandeiras alheias. As manifestações foram perdendo fôlego na medida em que grupos fundamentalistas se misturaram aos populares que pediam mais saúde, educação e ética na política.
  Pois bem, nem o recado dado no ano passado fez com que os políticos que comandam os partidos fizessem um mea culpa ou uma autocrítica. A prova é o processo eleitoral em curso. Sem nenhum pejo, os políticos brasileiros fizeram, usando os partidos como biombo, todo tipo de negociata para a formação das alianças em todos os níveis.
  As coligações armadas lembram o personagem Frankenstein ou o Moderno Prometeu (Frankenstein: ortheModernPrometheus, no original em inglês), mais conhecido simplesmente por Frankenstein. Ele é protagonista daquele romance de terror gótico com inspirações do movimento romântico, de autoria de Mary Shelley, escritora britânica que ganhou as telas de cinema em várias versões. O romance relata a história de Victor Frankenstein, um estudante de ciências naturais que constrói um monstro em seu laboratório. (...).". Segue... nos post abaixo.

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 Foto: Aurélio Alves/O Povo