"O Brasil domingo acordou com uma
carnificina provocada pela ganância de empresários do ramo de entretenimento.
Conforme a doutrina espírita a morte não é o fim e sim um novo recomeço. O fim
são as gestões públicas que não fazem plano de contingência de desastre, tanto
de origem natural como humana. O que ocorreu (no Rio Grande do Sul) foi decorrente da negligência do município e do Estado, pelo fato de não terem exigido que a casa de show funcionasse
dentro das medidas de segurança. Esperamos que sejam feitas sérias inspeções
nas diversas casas de show existentes pelo Brasil afora, no intuito de evitar que
vidas e sonhos sejam ceifados no seio das famílias brasileiras.
No Brasil as coisas nem sempre
são tratadas com o seu devido valor. Vejamos. A Rede Globo mobilizou todo
o seu estafe jornalístico par cobrir in loco o desastre no município Santa
Maria, no Rio Grande do Sul. Desastre no Brasil não é novidade. A população
brasileira está morrendo nos corredores dos inúmeros hospitais públicos. Tem
escola por este Brasil afora, que vai começar as aulas sem ter um pingo
d’água para fazer merenda. O Nordeste brasileiro passa por secas inadmissíveis
nos tempos de hoje. Se eu fosse citar outros exemplos passaria a noite fazendo isso. Seria maravilhoso que estes 'desmandos' fossem mostrados pelos
telejornais na íntegra da rede de corrupção.
O dinheiro, que é desviado pelos
lambedores de rapadura, nas três esferas de governo; seria suficiente para que o
Brasil tivesse um plano de contingência de desastres voltado para minimizar estas
catástrofes. Mas o que falta mesmo é uma
política de controle fiscal nas administrações públicas. Cadeia para os
gestores desonestos. Já a casa de show deveria ser para os jovens comemorarem a
existência da mocidade."
Carlos Teles
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