25 de ago. de 2014

MERECE SER LIDO!

  Furiosos e Fascistas
  "Infelizmente, pouca gente, mesmo bastante letrada, é capaz de compreender, em toda sua plenitude, o que é o fascismo. As liberdades democráticas foram uma conquista histórica da humanidade, como temos, insistentemente, lembrado. As revoluções burguesas tinham a imperiosa necessidade de estabelecer as liberdades, fossem elas econômicas ou políticas, e isso implicou num extraordinário avanço.
  O fascismo é justamente a revogação dessas conquistas. O fascismo é, em qualquer circunstância, de caráter contrarrevolucionário. Para infelicidade da humanidade, a revogação das liberdades democráticas e o estabelecimento do discurso único, da imprensa única, do partido único, deu-se exatamente na URSS que, derrotada a revolução socialista em escala mundial, outro caminho não teve senão a construção do capitalismo de Estado e, para a consecução dessa tarefa, fazia-se necessário o Estado totalitário, o fascismo.
  Apoiada no prestígio da primeira revolução proletária vitoriosa, de vida efêmera, a contrarrevolução instituiu o Estado fascista, que grandes serviços prestou e presta à manutenção do capitalismo. Essa prática fascista suprime o livre debate e, quando alguém emite opiniões diferentes, é tratado não como um dissidente, mas como inimigo que deve ser denunciado, perseguido, caluniado, preso e, até, executado.
  Recentemente, escrevemos um artigo sob o título 'Respondam-me', onde emitia o nosso pensamento em relação às condições de sujeição que vive a mulher nesses últimos doze mil anos de história. Ao invés de responderem sem os resmungos, sem as ofensas, sem os queixumes, o que se viu foi a velha prática da fúria fascista, cujo DNA é a completa intolerância e, em cima dela, a proposta de punições das mais variadas, chegando-se ao cúmulo de se propor a expulsão daquele que expôs um pensar diferente aos manuais fascistas.
  O livre debate é a essência da vida política, particularmente a essência do socialismo. Esse livre debate, ontem e hoje, com a vitória da contrarrevolução, foi revogado, e se impôs a intolerância, o desrespeito e, quando possível, o aniquilamento do dissidente como ocorreu e ocorre, e isso só se presta à manutenção do capitalismo."

(Gilvan Rocha)

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